O que lota as passarelas não é criado para mulheres acima do peso. Várias tendências não se adaptam ao guarda-roupas GG, e esse debate que roda o mundo esquentou por aqui. A pesquisa Plus size, eu? aberta por Beth Viveiros, sócia da marca de t-shirts Ilus3, tenta decifrar as medidas reais das brasileiras, para conhecer sua identidade visual, apontar soluções de modelagem para o mercado de moda e acabar com o drama fashion de não encontrar o que se ajuste ao corpo.


Lá fora, a história de um novo shape entre as modelos colocou Lara Stone entre os novos rótulos. As curvas estão literalmente voltando à moda. A onda plus size ganhou espaço entre blogueiras estilosas e modelos nada esquálidas que foram parar em desfiles e no recheio de revistas internacionais. “Esse movimento está chamando atenção. As pessoas dão mais a cara a tapa. Esse público existe. Então, acho que tudo vai mudar a longo prazo”, comenta a criadora da pesquisa. Diferente do mercado gringo, as opções GG nacionais ainda são restritas. Logo, achar um bom look em tamanhos grandes é o desafio para as meninas que querem se vestir bem.

“O que tem em tamanho grande é feio. Existem algumas lojas no Brás, mas a qualidade não é boa”, comenta Beth Viveiros, que fez uma listinha de itens que já aparecem na pesquisa como os vilões das araras. Segundo as respostas, não há camisas para o dia a dia que não tenham os botões estourados, a aposta recorrente são vestidos de malha que não valorizam o corpo e a peça que definitivamete nunca cai bem é o jeans, apontado até agora por 90% das pesquisadas como o top da má modelagem.

Na indústria não existe um padrão, a maioria das peças “especiais” reservadas às gordinhas guarda um ranço careta. A qualidade de muitas marcas especilizadas é duvidosa e a roupa boa nunca é feita em formas maiores. A ideia agora é recrutar as mulheres que passam pelo dilema de caçar peças no tamanho adequado para responderem à pesquisa. O resultado vai traçar o perfil de quem quer consumir moda, mas não encontra o que gostaria, apontando o corte preciso para a silhueta brasileira. Tudo para atrair o olhar dos designers sobre os números de um público que não ainda vê alternativas entre as criações contemporâneas.


(via Criativa)