: : : notinha fresca : : : saiu na folha : : : ou seja, vamos consumir valorizar o produto nacional : : :



No caso de roupas e confecções, o preço dos produtos importados vem aumentando devido à maior fiscalização para evitar fraudes.
Ações da Receita Federal em parceria com a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) fizeram o preço médio subir de US$ 3 para US$ 15, valor semelhante ao registrado no mercado dos Estados Unidos.
Na ausência de uma rede estatal que cuide do assunto, a Receita adotou a parceria com a Abit, que atualmente organiza exames de laboratório em 48 horas quando há dúvidas se o tecido no contêiner corresponde à descrição da nota fiscal.
Segundo a Folha apurou, a parceria começou no ano passado, após a Operação Panos Quentes 2, do fisco. Auditores chegaram a receber aulas sobre características básicas dos tecidos para permitir a melhor identificação de fraudes.
Hoje, quando um auditor tem dúvida sobre o tecido, ele coleta uma amostra e encaminha, junto com a nota fiscal, para a Abit.
A associação remete o material para um laboratório privado e devolve o laudo em menos de dois dias.
O treinamento possibilitou identificar, por exemplo, que calças importadas como sendo de malha eram na verdade de seda, que custa muito mais. Foram identificados, ainda, vestidos declarados como saias.
Outro problema de subfaturamento comum identificado pela Receita Federal era a declaração de preços muito abaixo do mercado, como ternos masculinos registrados por R$ 0,27 o quilo.
A indústria têxtil nacional reclama constantemente de concorrência desleal com produtos asiáticos, principalmente da China, onde a produtividade é superior à brasileira.
Outro fator que colaborou para o aumento dos preços de roupas e confecções importadas foi o aumento da TEC (Tarifa Externa Comum), taxa de importação adotada pelo Mercosul, no ano passado. A tarifa chega a 35% nas confecções.
(IURI DANTAS e SHEILA D'AMORIM)